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OFICINAS/MINICURSOS/CINE DEBATES

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OFICINAS/MINICURSOS/CINE DEBATES

GRADE HORÁRIA

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OFICINAS/MINICURSOS/CINE DEBATES

DESCRITIVO

30 de outubro de 2024 (quarta-feira)

 

HORÁRIO E – VESPERTINO : 14:00 às 16:30

Minicurso E1: Os sentidos relacionados ao trabalho para mulheres em cargos de gerência 

Responsável(is):

  • Lêda Gonçalves de Freitas, Pós-Doutora em Psicossociologia pelo Conservatoire National de Arts et Métiers (CNAM), em Paris; Doutora em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela Universidade de Brasília (UnB); Vice-coordenadora do Grupo de Trabalho: "Trabalho, Subjetividade e Práticas Clínicas " da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP); Docente do programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB); Temas de pesquisa: Trabalho contemporâneo: uberização, precarização e sentidos do trabalho; Mobilização subjetiva no trabalho; Saúde do trabalhador; Clínica do trabalho e potência para as resistências. Desde 2017 é editora da revista Trabalho (EN) Cena e Pesquisadora e Coordenadora do Laboratório de Pesquisa de Trabalho, Sofrimento e Ação (LATRASA).

  • Lindinalva de Souza Andrade, Doutoranda em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Mestra em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2001); atualmente é professora - CEI Morada dos Pequeninos e Diretora do CEI Morada dos Pequeninos - E.M. Rodolfo Trechaud Curvo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Pré-Escolar, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação infantil, práticas pedagógicas, democracia e conhecimento.

  • Renata Maria de Andrade, Doutoranda em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Mestra em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Pós-graduada em Dinâmica de Grupo pela Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupos; MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV; Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior pela Universidade de Cuiabá UNIC. Atua há 16 anos na Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados – Sicredi Biomas; Pesquisadora e membro do Laboratório  de Pesquisa de Trabalho, Sofrimento e Ação (LATRASA) e da Associação Nacional de Pesquisado e Pós-Graduação em Psicologia – ANPEPP.

Resumo: A proposição por compreender os sentidos relacionados ao trabalho para as mulheres em cargos de gestão frente às desigualdades de gênero advém do espaço ocupado por elas no mundo do trabalho, apesar dos obstáculos vivenciados. Essa situação pode levá-las a crer, por sobrevivência num contexto de capitalismo rentista, que a única alternativa que têm é adotar comportamentos agênticos, se aspiram cargos de gestão. Isso, por sua vez, pode mascarar a não adaptação da sociedade para aceitar o feminino, ao tempo que contribui com a reprodução de um sistema de desigualdades. Afinal, mesmo que haja mulheres em cargos de liderança elas não têm espaço para atuarem como mulheres, o que leva a refletir sobre como seria uma liderança tipicamente feminina, uma vez que há uma estereotipagem relacionando comportamentos masculinos à liderança. A oficina propõe-se a expandir as discussões sobre o tema, considerando-se o interesse social em pesquisas sobre desigualdades de gênero, contribuindo para a busca pela igualdade de gênero, bem como a concessão de possibilidades às meninas e mulheres em realizarem escolhas de carreira com autonomia e em consonância com suas reais potencialidades, em vez de meramente buscar corresponder a estereótipos e preconceitos sobre as profissões ditas femininas. 

Público - Alvo: profissionais, pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas.

Número de vagas: 50

 

Minicurso E2: Saúde Mental em movimento: Dança Cigana, Inclusão e Diversidade

Responsável(is):

  • Luciana Vitor Dias Botão – Doutoranda em Psicologia na Universidade Católica, Mestra em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília: Tema da dissertação – Dança Cigana, Inclusão Social e Subjetividade, Psicóloga, Pedagoga, Coreógrafa (DRT N°2832/DF) do grupo Namastê de Dança Cigana desde o ano 2000. Idealizadora da instituição Namastê Arte Inclusiva, diretora artística de mais de 15 espetáculos do grupo, com apresentações em festivais em vários estados no Brasil e em Portugal. Pesquisadora e membro do Laboratório de Pesquisa Trabalho, Sofrimento e Ação (LATRASA) vinculado ao Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Resumo: Este workshop tem como objetivos:1. Apresentar a dança cigana como ferramenta de inclusão e diversidade; 2. Conhecer a potência da dança cigana, como recurso terapêutico, e seus principais elementos. Assim, os conteúdos a serem abordados incluem: 1. Apresentação de um grupo inclusivo de dança cigana, composta por pessoas com e sem deficiência, de ambos os gêneros e idades; 2. Explanar sobre o trabalho desenvolvido neste grupo - formação, vínculos desenvolvidos (tem participantes que com 20 anos no grupo), convivência inclusiva e diversidade, experiências com aulas, apresentações no Brasil e exterior e espetáculos;3. Vivência prática de uma aula de dança cigana. A metodologia adotada iniciará com a apresentação de coreografias do grupo de dança cigana. Em seguida, uma explanação oral sobre o trabalho desenvolvido explicando o que é a dança cigana e seus principais elementos. Por fim, fazer uma pequena oficina prática de dança cigana, exercitando a vivência da dança utilizando alguns elementos da cultura cigana.

Público - Alvo: Aberto a quem se interessar

Número de vagas: Mínimo de 3 e máximo de 15.

Minicurso E3: Perspectivas Teóricas em Psicologia Cognitiva da Religião

Responsável(is):  

  • Prof. Dr. Alexsandro Medeiros do Nascimento (UFPE)

  • Profa. Dra. Estefânea Élida da Silva Gusmão (UFC)

  • Prof. Dr. Rodrigo Oliveira Damasceno - Faculdade Irecê (FAI) 

Resumo: O minicurso visa introduzir ao conhecimento dos modelos e perspectivas teóricos da Psicologia Cognitiva no estudo da Religião, evidenciando o estado da arte multifacetado do campo e suas implicações metodológicas e para as agendas de pesquisa empírica contemporâneas. A reflexão comparativa incidirá sobre as principais vertentes no estudo cognitivo da Religião, a saber, as de Religião como Esquema, as Ciências Cognitivas da Religião, a Fenomenologia da Religião, e por fim, a Perspectiva Fenomenal em Psicologia Cognitiva da Religião desenvolvida no Laboratório de Estudos de Autoconsciência, Consciência, Cognição de Alta Ordem e Self (LACCOS) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), delimitando-se suas ênfases específicas, pressupostos epistemológicos e implicações éticas e metodológicas na pesquisa do fenômeno religioso.

Público - Alvo: Estudantes de Graduação de Psicologia, Teologia, ou outras ciências que tematizem o fenômeno religioso, e pesquisadores interessados em Psicologia Cognitiva da Religião.

Número de vagas: 40

Oficina E4: Bonecas Abayomis: debates entre raça e saúde mental a partir da Arte Terapêutica

Responsáveis:

Cássia Maria da Silva Garcia - Técnica em Enfermagem há 22 anos na Secretaria de Saúde do DF-SUS, Educadora Popular em Saúde, Coordenadora de Oficinas Terapêuticas no CAPS, membro do Comitê e Qualidade de Vida do Trabalhador da SES-DF e Mestra em artesanato. 

Kíssila Mendes - Doutora em Psicologia e Professora do curso de Psicologia (graduação e PPG) da UCB.

Angélica Maciel Cardoso - Graduanda de Psicologia na UCB 

Danielle de Paula Martinez Hipólito - Graduanda de Psicologia na UCB

Usuários do CAPS II Riacho Fundo

Resumo

A história das bonecas abayomis é envolta a mitos românticos em meio à crueldade e à violência da escravização negra. No entanto, sua criadora foi a artesã maranhense Lena, no final dos anos 1980 no Rio de Janeiro, nos Centros Integrados de Educação Pública, com a finalidade de criar um símbolo de resistência da cultura negra em diáspora. A confecção das bonecas nos serviços de saúde mental, como nos Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) conduz não somente às habilidades manuais dos usuários, mas, sobremaneira, os debates em torno da questão racial e sua centralidade na própria definição sobre saúde mental. Dessa forma, a oficina tem como objetivo oferecer uma experiência terapêutica através da confecção dessas bonecas tradicionais africanas, que são conhecidas por seu simbolismo de proteção e conexão cultural. O conteúdo da oficina inclui uma introdução à história e à importância cultural das bonecas abayomis, sua relação com o debate sobre raça e saúde mental, a apresentação dos materiais necessários, e o passo a passo para a confecção das bonecas. Utilizando uma metodologia participativa, a oficina começará com uma breve explanação sobre o significado das abayomis e seguirá com uma demonstração prática. Os participantes serão guiados em cada etapa da confecção, com espaço para discussões individuais e em grupo sobre as experiências e sentimentos evocados durante a atividade. A metodologia valoriza a expressão pessoal e o compartilhamento, promovendo um ambiente para a exploração emocional e criativa.

Público-alvo: aberta a todos os públicos

Número de vagas: de 10 a 30 participantes

OFICINAS/MINICURSOS/CINE DEBATES

31 de outubro de 2024 (quinta-feira)

 

HORÁRIO A – MATUTINO : 9:00 às 11:30

Oficina A1: Uma Imersão na Práxis do Psicólogo diante da Diversidade nas Organizações

Responsável(is)

  • Profas. M.Sc. Lucia Henriques Sallorenzo e Nayla Júlia Silva Pinto – Faculdade Anhanguera de Brasília

Resumo: A oficina tem como objetivo apresentar pesquisas nacionais recentes acerca da temática, com ênfase nas concepções, desafios e possibilidades dos psicólogos nesse contexto, de forma abrangente, crítica, interseccional e dinâmica. Estará focada na discussão de estudos de caso selecionados e elaborados especificamente para proporcionar aos participantes a compreensão dos possíveis desdobramentos da diversidade nas organizações e planejamento interventivo. A importância desta oficina reside em sua contribuição para estudantes e profissionais em três aspectos principais: por elucidar as complexidades circunscritas na temática da diversidade das organizações, por destacar o papel do profissional da psicologia nesse contexto e por permitir aos participantes a análise científica do caráter dinâmico da diversidade no mundo do trabalho.

Público - Alvo: Profissionais e estudantes de Psicologia

Número de vagas: 25

Minicurso A2: Conhecendo e Integrando Espiritualidade e Sexualidade: Um Estudo com Mulheres Praticantes de Tai Chi Chuan

Responsável(is)

  • Profa. Dra. Nicole Bacellar Zaneti - IGTB

Resumo: A dimensão da espiritualidade integra a experiência humana e a torna portadora de sentido, mas tem sido pouco estudada ao longo da formação em psicologia. Recentemente, têm aumentado o número de estudos acerca de suas relações com os demais aspectos humanos de interesse para a saúde mental. Entretanto, estudos que buscam relacionar espiritualidade e sexualidade ainda são poucos e demandam mais pesquisas. Assim, este minicurso abordará as relações entre espiritualidade e sexualidade, relacionando-as com a feminilidade, num estudo da vivência de mulheres praticantes de Tai Chi Chuan, investigando o modo como elas os experimentam e estabelecem relações entre ambas as dimensões: corporalidade e espiritualidade. O minicurso adota os referenciais teóricos da fenomenologia e de Foucault. A pesquisa apresentada foi inspirada na fenomenologia, num exercício de comparação entre seis mulheres brasileiras e seis mulheres britânicas que praticam Tai Chi Chuan. Os resultados foram sistematizados e analisados segundo Giorgi, numa perspectiva compreensiva, contextualizada e comparativa entre os dois grupos. A experiência de pesquisa a ser relatada e seus respectivos resultados ajudam a compreender como as entrevistadas experimentam as dimensões da sexualidade e da espiritualidade e estabelecem relações entre esses dois aspectos de sua vida psíquica de maneira aprofundada. Percebe-se ser possível uma convivência harmoniosa e equilibrada entre sexualidade e espiritualidade, sendo o Tai Chi Chuan uma das terapias alternativas e complementares que auxiliam nesse processo.

Público - Alvo: Estudantes e profissionais de psicologia e áreas afins.

Número de vagas: 30

 

Minicurso A3: Parentalidade: Saúde Mental, Diversidade e Políticas Públicas

Responsável(is): 

  • Alessandra Carvalho Vieira da Silva - Mestre em Psicologia Clínica e Cultura UNB e Professora da graduação em psicologia da UCB 

  • Ingrid Fernandes dos Santos - Mestre em Psicologia Clínica e Cultura UNB

  • Jéssica Emanoeli Moreira da Costa - Mestre em Psicologia Clínica e Cultura UNB

  • Mariana de Sousa e Silva - Mestre em Psicologia Clínica e Cultura UNB

  • Katia Tarouquella Rodrigues Brasil - Doutora em Psicologia e professora do departamento de Psicologia Clínica e Cultura da UnB.

Resumo: O conceito de "parentalidade" surgiu na década de 1960 para destacar os processos intersubjetivos envolvidos na construção e no exercício das funções paternas e maternas. Essa função refere-se às atividades que garantem a sobrevivência e o desenvolvimento da criança, com impactos psíquicos influenciados por aspectos transgeracionais e sociais, sendo essencial para o desenvolvimento infantil. Diante do tema da parentalidade, o minicurso tem como objetivo oferecer uma compreensão ampliada sobre a temática, incluindo o risco psíquico daqueles que assumem a função parental, a diversidade e como as políticas públicas podem ser desenvolvidas sobre a parentalidade. Entende-se que a parentalidade não é apenas uma função individual, mas também social e culturalmente moldada. Por isso, o minicurso sobre parentalidade pode contribuir para a formação de profissionais e pessoas interessadas em lidar com essas questões de forma sensível e crítica. Os materiais expostos no minicurso são fruto do grupo de pesquisa “Saúde Mental na parentalidade” realizado por docentes e discentes do departamento de Psicologia Clínica e Cultura da Universidade de Brasília que objetiva discutir e produzir materiais sobre o tema. Esse minicurso buscará, a partir de metodologias ativas, abordar a parentalidade dentro do contexto da saúde mental, da diversidade e das políticas públicas. As metodologias ativas oportunizam a posição crítica sobre a realidade e favorece que a aprendizagem ocorra através de uma prática reflexiva. Para isso, serão utilizados vídeos, dinâmicas e exposições orais que incentivem a reflexão e aprendizado do tema proposto e motivem a participação ativa daqueles que estão no minicurso.

Público - Alvo: Estudante e profissionais que se interessem pela temática da parentalidade.

Número de vagas: De 20 a 50 pessoas

 

Minicurso A4: Terapia Sociocomunitária, Intervenção, Conceitos e Pesquisa

Responsáveis:

  • Fátima Cristina Costa Fontes

Resumo: O minicurso visa apresentar a Terapia Sociocomunitária, desenvolvida pela autora e aplicável à grupos Etnoculturais, Grupos Multifamiliares, Grupos Comunitários e Institucionais, em tempos de tanta complexidade e produção de sofrimento psíquico nas relações humanas. A Metodologia utilizada no minicurso envolverá uma parte inicial mais teórica e conceitual, na qual se apresentarão: os interlocutores teóricos que embasam a intervenção apresentada, a saber: Jacob Lévy Moreno (Psicodrama), Jayme Rojas-Bermudez (Técnica da Construção de Imagens) e Edgar Morin (O pensamento Complexo nas Relações Interpessoais) e os principais conceitos envolvidos na intervenção; assim como será demonstrada sua metodologia, incluindo o manejo e cuidados técnicos. Também se apresentará os principais resultados da pesquisa de doutorado, desenvolvida pela autora, com participantes da Terapia Sociocomunitária, que evidencia a eficácia e o poder transformador da intervenção. Numa segunda parte do curso será realizada uma sessão de Terapia Sociocomunitária, com o objetivo de proporcionar aos participantes uma experiência com o modelo psicossocial apresentado.

Público - Alvo: Profissionais das várias áreas que atuam com grupos em suas múltiplas

apresentações.

Número de vagas: 30 

HORÁRIO B - VESPERTINO: 14:00 às 16:30

 

Minicurso B1: Saúde Mental e Violência Obstétrica: impactos no desenvolvimento

Responsável(is)

  • Isabele Parente

Resumo: Conteúdo: A violência obstétrica é fenômeno que acomete uma a cada quatro mulheres durante o período gravídico-puerperal, o que já a configura como um problema de saúde pública. Infelizmente, este fenômeno é “democrático”, atingindo a diversidade de pessoas dos mais diversos níveis sociais, econômicos e culturais que buscam atendimento para pré-natal ginecológico, parto e cuidados no pós-parto. Entretanto, mulheres pobres, pretas, indígenas, em situação de privação de liberdade e abortamento são as vítimas mais frequentes. Este minicurso será voltado para as questões de saúde mental envolvendo de mulheres vítimas da violência obstétrica, a qual é profundamente impactada com as situações de violência verbal, física ou psicológica a que são submetidas tais mulheres em um momento de evidente e conhecida vulnerabilidade emocional. Afinal, reconhecer as situações de violência obstétrica, bem como atuar na prevenção dos casos é se torna dever dos profissionais de saúde que atendem mulheres com potencial para gestar e/ou parir.

Público-alvo: Profissionais e estudantes de saúde mental e/ou assistência à saúde da pessoa gestante, parturiente ou no pós-parto.

Número de vagas: De 20 a 50
 

Minicurso B2: Métodos Fenomenais em Psicologia Cognitiva da Religião

Responsável(is)

  • Prof. Dr. Alexsandro Medeiros do Nascimento (UFPE)

Resumo: A questão metodológica sempre esteve no centro do debate epistemológico sobre a cientificidade da Psicologia enquanto ciência empírica, estando no foco da querela do ‘Pensamento sem imagens’ da Escola de Würzburg que ocasionou a derrocada dos métodos introspeccionistas em Psicologia. A adesão a métodos objetivistas em 3a pessoa e explanação externalista promovida pelo Behaviorismo, todavia, não obteve êxito em expurgar de todo os métodos em 1ª pessoa de setores da Psicologia interessados na Experiência, em especial, na experiência religiosa em todo o seu amplo e variegado espectro de manifestações. Assim, os métodos fenomenais, tributários da noção de consciência fenomenal, se mantiveram em estado de permanente interrogação epistemológica ao longo do século XX, acumulando-se do trabalho de inúmeros psicólogos empíricos um saber sobre seus problemas, vantagens e desafios. A Ciência Cognitiva, e sua contraparte da Psicologia Cognitiva tem se devotado a restabelecer os usos de métodos fenomenais e introspeccionistas na pesquisa em cognição e cognição religiosa, a partir de protocolos hodiernos que respondam às críticas históricas aos métodos em 1ª pessoa. O mini-curso visa introduzir ao debate contemporâneo sobre Métodos Fenomenais em Psicologia Cognitiva da Religião, atualizando o público interessado aos modelos mais recentes de coleta e análise de dados em perspectiva fenomenal nos estudos cognitivos, e suas implicações para a agenda de pesquisa contemporânea do fenômeno religioso. 

Público - Alvo: Estudantes de Graduação e Pós-Graduação nas áreas de Psicologia, Teologia e ciências empíricas com interesse em métodos fenomenais de pesquisa do fenômeno religioso em Psicologia Cognitiva, e Pesquisadores das áreas citadas

Número de vagas: 20

Minicurso B3: Os desafios da inclusão da pessoa com deficiência e o impacto na saúde mental

Responsável(is): 

  • Angélica de Lucas Gavaldão, Mestre em Psicologia, Docente do curso de Psicologia da Universidade Católica de Brasília, Coordenadora do Núcleo de Inclusão e Orientação Psicopedagógica (NIOP - UCB) angelica.gavaldao@p.ucb.br

  • Karina da Silva de Oliveira, Psicóloga e Especialista em Neuropsicologia, lotada no Núcleo de Inclusão e Orientação Psicopedagógica (NIOP - UCB) como Psicóloga Educacional karina.oliveira@ucb.br

  • Karen Thuanni Silva Soares, graduada em História e Pedagogia, Especialista em Psicopedagogia, mestranda em Comunicação e Economia Criativa pela Universidade Católica de Brasília, Analista Pedagógica do Núcleo de Inclusão e Orientação

  • Érica Sousa Silva Almeida Marques, graduada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagogia, Psicopedagoga no Núcleo de Inclusão e Orientação Psicopedagógica (NIOP - UCB) - erica.marques@ucb.br

Resumo: A inclusão de pessoas com deficiência é um processo essencial para uma sociedade mais justa e equitativa, mas que enfrenta múltiplos desafios. O objetivo do workshop, é explorar os principais obstáculos enfrentados por indivíduos com deficiência e como esses desafios afetam sua

saúde mental. O impacto da exclusão social e das barreiras estruturais na saúde mental das pessoas com deficiência é frequentemente subestimado. A falta de inclusão pode levar a problemas significativos como ansiedade, depressão e estigmatização. Compreender essas relações é essencial para desenvolver estratégias eficazes que promovam a inclusão e o bem-estar mental. Assim, o minicurso abordará não apenas as dificuldades enfrentadas, mas também apresentará soluções práticas, incluindo a importância de adaptações razoáveis, políticas inclusivas e mudanças culturais. Compartilhando conhecimentos, pretende-se uma discussão construtiva que ajude a transformar ambientes e atitudes, garantindo um futuro mais inclusivo e saudável para todos. Serão, portanto, abordados:  as barreiras físicas e sociais que limitam o acesso a espaços e oportunidades; o impacto da falta de acessibilidade e do estigma na autoestima e no bem-estar emocional das pessoas com deficiência; como a exclusão e a discriminação contribuem para a ansiedade, depressão e outros transtornos mentais; as estratégias de inclusão mais eficazes; a importância de políticas públicas, adaptações razoáveis e mudanças culturais. Os participantes serão convidados a refletirem sobre como podem contribuir para um futuro em que todos tenham oportunidades

iguais e uma saúde mental robusta e positiva.

Público-alvo: Estudantes e profissionais de áreas de saúde e educação.

Número de vagas: mínimo de 15 e máximo de 4
 

Oficina B4: LouCURA pela Arte

Responsável(is): 

  • Milton Monteiro - compositor, músico, intérprete, maestro de banda marcial, instrumentista, credenciado pela Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) - Caps Sol - Indiara Goiás

  • Kleyton Araújo Maciel - produtor musical e artístico, credenciado pela União Brasileira de Compositores (UBC - 90249856) - Centro de Referência da Juventude - Goiânia - GO

  • Clemici Lima Correa - Terapeuta Ocupacional - Centro de Cultura e Convivência Cuca Fresca - Goiânia-GO

  • Adelvair Helena dos Santos - Analista em Cultura e Desportos - Centro de Cultura e Convivência Cuca Fresca - Goiânia - GO

Resumo: O minicurso promoverá um debate sobre a temática loucura e da cura pela arte, através de pensamento crítico e reflexivo, em especial no que diz respeito aos impactos do deslocamento humano na contemporaneidade. Será conduzido de modo dinâmico, promovendo interação entre os participantes, possibilitando troca de experiências e conhecimentos sobre o tema. Buscará chegar a uma síntese sob a forma de letra de música e melodia. Empregará material audiovisual para apresentar dados sobre fluxos migratórios na contemporaneidade, suas principais causas e consequências, e como tal movimento tem afetado as pessoas, sobretudo sua saúde mental, ressaltando-se a importância da arte como meio de promoção de saúde. Após, será realizado debate sobre o tema para então organizar brainstorming e incentivar o pensamento criativo, combinando ideias, para então seguir para a composição da letra, seguida de composição do arranjo musical (organização de ritmo, melodia e harmonia), captação e gravação vocal, culminando com apresentação da música com todos os participantes da oficina. 

Público - Alvo: Profissionais, pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas relacionadas à saúde mental e diversidade.

Número de vagas: De 15 a 30

Workshop B5: Ciência aberta e relatório registrados

Responsável:

  • Kevin Ladd - Ph.D., Universidade de Denver, 2000

Resumo: A base da ciência é a capacidade de demonstrar a consistência das descobertas ao longo do tempo e por meio de amostras. O passado recente mostrou que tais esforços de replicação falham frequentemente porque o trabalho anterior não está documentado com clareza suficiente. O movimento Ciência Aberta procura abordar esta questão conforme descrito neste workshop, descrevendo os princípios básicos em jogo e como praticar uma ciência mais clara e transparente. Outro desafio na busca pela ciência é que a maioria das práticas de publicação atuais enfatiza o recebimento de feedback apenas após a conclusão dos projetos; falhas significativas descobertas após a coleta de dados são frequentemente fatais para as ambições de publicação. Não é raro que essas falhas estejam diretamente ligadas a questões centrais dos elementos da Ciência Aberta. Este workshop apresenta a abordagem de Relatórios Registrados que sincroniza a Ciência Aberta com uma prática de publicação revisada, a qual fornece feedback antes da coleta de dados e, quando bem-sucedida, garante a publicação independentemente das descobertas. Como nota final, o workshop oferecerá detalhes sobre um programa para autores, estabelecido pela Associação Internacional para a Psicologia da Religião, a fim de ajudá-los a navegar nestes importantes avanços no campo.

Público - Alvo: Profissionais, pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas relacionadas à saúde mental e diversidade.

Número de vagas:30

Obs: Este workshop será ministrado em inglês e português


Workshop B5: Open Science and Registered Reports

Responsible:

  • Kevin Ladd - Ph.D., University of Denver, 2000 Social Psychologist

Abstract: A bedrock of science is the ability to demonstrate consistency of findings across time and samples. The recent past has shown that such replication efforts often fail because previous work is not documented with sufficient clarity. The Open Science movement seeks to address this issue as outlined in this workshop by describing the background principles at stake and how to practice more clear and transparent science. Another challenge in the pursuit of science is that most current publication practices emphasize receiving feedback only upon completion of projects; significant flaws discovered post-data collection are often fatal to publication ambitions. Not infrequently, those flaws are directly connected to issues at the heart of Open Science elements. This workshop introduces the approach of Registered Reports that synchronizes Open Science with a revised publication practice that delivers feedback prior to data collection and, when successful, guarantees publication regardless of findings. As a final note, the workshop will offer details about a program for authors established by the International Association for the Psychology of Religion in order to assist them navigate these important advancements in the field.

Target audience: Professionals, researchers, students, and others interested in areas related to mental health and diversity.

Places: 30

Note: This workshop will be conducted in English and Portuguese
 

 

HORÁRIO C - VESPERTINO-NOTURNO: 16:30 às 19:00

 

Minicurso C1: Literatura como Recurso Psicoterapêutico no manejo de depressão e ansiedade

Responsável(is)

  • Paula Trabuco – Psicóloga, professora na UCB e Doutoranda na UNB

  • Gustavo Seixas – Graduando de Psicologia  na UCB

  • Ana Heloísa Barbosa de Castro - Graduando de Psicologia UCB

Resumo: Nesta oficina, será explorado o tema da Literatura como Recurso Psicoterapêutico no Manejo de Depressão e Ansiedade. A proposta central é discutir como textos literários podem ser utilizados no contexto clínico para facilitar o entendimento dos processos emocionais de pacientes que lidam com esses transtornos. Os participantes serão conduzidos à leitura de um texto literário específico, seguido por uma análise sobre como a narrativa pode oferecer novas formas de interpretação e intervenção terapêutica.

Além disso, será apresentado ferramentas para o desenvolvimento de habilidades de análise crítica, aprendendo a interpretar e aplicar textos literários como uma ferramenta de intervenção na prática clínica. A oficina proporcionará uma oportunidade prática de refletir sobre o potencial da literatura como facilitadora do autoconhecimento e da expressão emocional em pacientes com depressão e ansiedade, além de discutir como esses recursos podem ser integrados à prática psicoterapêutica.

Tem-se como objetivo Compreender o potencial da literatura como ferramenta de intervenção clínica no manejo de depressão e ansiedade; Desenvolver a habilidade de analisar textos literários com foco na aplicabilidade terapêutica. Discutir as formas de integrar literatura e psicoterapia na prática clínica.

Público - Alvo: Estudantes de Psicologia, psicólogos e profissionais da saúde mental interessados em novas abordagens terapêuticas.

Número de vagas: De 10 a 20 

 

Minicurso C2: Diversidade humana na clínica psicológica: a urgente e necessária atuação política

Responsável(is)

  • Isabele Parente

Resumo: O Código de Ética do Profissional de Psicologia pauta-se nos princípios fundamentais de que o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este minicurso trabalhará temas que visam promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades, contribuindo para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Trabalhará com os temas sobre responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural das pessoas que buscam atendimentos psicológicos em diferentes contextos. Disso, torna-se imprescindível que a intervenção psicológica se realize à luz sob destes pressupostos. caso contrário, apenas reproduzirá colaborará para intervenções iatrogênicas ou coniventes com a marginalização, discriminação e sofrimento de pessoas que buscam seu trabalho.

Público - Alvo:  profissionais e estudantes de Psicologia.

Número de vagas: De 20 a 30 

Minicurso C3:  Coping religioso-espiritual em uma visão multidisciplinar

Responsável(is):

  • Prof. Dr. Frei Franciscano Lluiz Oviedo - Universidade Italiana Antoniana, Itália

  • Prof. Msc. Pediatra Miriam Leal – UCB / Ceub /HMIB

  • Prof. Msc. Psicólogo, Frei Franciscano Rubens Mota – UCB/ Faculdade ESTEF, Porto Alegre RS.  

Resumo:  Coping, na tradução para o português, significa enfrentamento ou a forma como o sujeito lida com as situações estressantes ou adversas. Esse conceito nasce na psicologia e adentra em outras áreas da saúde, inclusive medicina e enfermagem. Em uma perspectiva cognitivista, o coping foi classificado em estratégias, sendo a religião uma delas. Nesse panorama o conceito coping religioso foi muito estudado e burilado por Pargament, promovendo uma nova interface entre a teologia e a psicologia da religião. Esse conceito é atualmente definido como o uso da religião, espiritualidade e a fé para lidar com o estresse e problemas da vida, através de estratégias religiosas e/ou espirituais cognitivas e comportamentais. O uso da religiosidade e da espiritualidade na área da saúde apresenta diversos impactos para a saúde do paciente e seus familiares, seja na dimensão física ou psicológica. Entretanto, em muitas circunstâncias, a medicina entende o coping religioso-espiritual (CRE) de forma adversa, como mecanismo denegatório da condição patológica. Buscando compreender o CRE e suas nuances na área da saúde, o minicurso visa abordar: a perspectiva teológica, pelo prof. Dr. Lluis Oviedo; a perspectiva médica, pela prof. Miriam Leal; e a psicológica, pelo Prof. Rubens Nunes. Na visão teológica, o Prof. Oviedo abordará o conceito de salvação e sua relação com o CRE, ou seja, como a dimensão religiosa do paciente pode interferir no comportamento no seu comportamento. Na visão médica, a Profa. Miriam demonstrará como o CRE é vivido por pacientes e profissionais da saúde, ilustrando as diversidades de significados que ele pode assumir, bem como as adversidades em torno disso no contexto hospitalar. E na visão psicológica, o Prof Rubens apresentará um estudo realizado por ele e Prof. Oviedo sobre o CRE em pacientes com ideação suicida e depressão, demonstrando uma aplicabilidade prática e acadêmica do referido conceito.

Público - Alvo: Profissionais de saúde, estudantes da teologia, psicologia, medicina e enfermagem.

Número de vagas: 30

Obs: Este workshop será ministrado em  português e espanhol

Cine Debate C4: Velho é tudo igual? Um olhar psicossocial do envelhecer - conhecer para cuidar.

Responsável:

  • Fabiana Moreira - Psicóloga/Mestre em Gerontologia 

Resumo: Estima-se que o Brasil, segundo dados mais recentes do IBGE (2024), atingirá a proporção de 28% de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos a partir de 2046. Atualmente, já presenciamos diversos cenários de preconceitos frente a esse público, bem como o desinteresse de profissionais em atuarem na área do envelhecimento por considerarem os idosos mais resistentes à mudança. O filme selecionado apresenta, de forma bem-humorada, diversos aspectos e preconceitos associados ao envelhecimento que vão sendo desconstruídos no decorrer da narrativa. A perspectiva sociocultural é um ponto a ser discutido considerando que o filme apresenta uma realidade europeia, o que permite uma discussão dessas nuances e impactos na velhice a partir das diferenças de classes sociais e da realidade brasileira. Segue abaixo algumas informações sobre o filme. A proposta é apresentar o filme e, posteriormente, trazer questionamentos para os estudantes sobre como os aspectos apresentados no filme podem ou não estar sendo reproduzidos na nossa realidade. O filme vem mostrando a importância da rede de suporte, da sexualidade, da memória, da intergeracionalidade como fatores que proporcionam resiliência e uma velhice satisfatória. Trazer a discussão de como cada estudante reflete (ou não) sobre o próprio envelhecimento e como ampliar a visão sobre saúde mental na velhice.

Filme: Um asilo fora do comum.

Sinopse: O filme é uma comédia francesa que retrata um jovem que cresceu em um orfanato com o irmão e detestava idosos. No trabalho, ele se envolve em uma confusão com uma idosa e, para não ser preso, precisa realizar trabalho voluntário em um asilo por um período. Neste processo, o jovem vai entrando em contato com seus preconceitos e inseguranças e se permitindo conhecer esses idosos e suas trajetórias de vida.

Palavras-chave: Envelhecimento, sexualidade, intergeracionalidade,

preconceito contra o idoso.

Público - Alvo: Estudantes de Psicologia de qualquer período do curso.

Número de vagas: De 10 a 25 

Oficina C5: Diversidade na adversidade do deslocamento humano: perspectivas e desafios para a atuação psicológica.

Responsável(is):

  • Simone Kelli Cassiano, Mestra em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília

  • Jefferson Martins Cassiano, Doutor em Filosofia pela Universidade de Brasília

Resumo: É possível dividir o fenômeno migratório em dois grandes grupos: migração econômica, para quem busca outras experiências e qualidade de vida; migração forçada, para quem busca refúgio em outros lugares para sobreviver. Dentro do grupo da migração forçada, o refugiado é definido juridicamente como portador de um status especial que lhe confere algumas proteções excepcionais. Contudo, de uma perspectiva sociocultural, o refugiado costuma ser rotulado como alguém indesejado. Diante desse cenário, o minicurso terá como objetivo explorar aspectos filosóficos, psicológicos e socioculturais envolvidos na construção identitária do refugiado, nas políticas voltadas para os grandes deslocamentos dessas pessoas e nas possibilidades de atuação da Psicologia sob uma ótica transcultural. Será realizada uma explanação dos principais cenários mundiais acerca do fluxo migratório, a situação da crise dos refugiados e as consequências identificadas no nível macrossocial e político, assim como o impacto dessas vivências para o sujeito. Uma análise comparativa entre a gestão política da crise dos refugiados de diferentes nações (Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França, Turquia) será usada para explorar tais aspectos de forma didática e exemplificativa. Por fim, serão expostos os mecanismos de aculturação que são possíveis às pessoas nessa condição de refugiado e como a Psicologia pode construir intervenções que sejam promotoras de saúde nesse contexto hostil. Fazer tal diagnóstico do presente resulta em compreender tanto os desafios que aguardam a atuação psicológica quanto as perspectivas abertas para diferentes contribuições da Psicologia para a diversidade do deslocamento humano em situação adversa.

Público -Alvo: Profissionais, pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas relacionadas à saúde mental e diversidade.

Número de vagas: Até 25 participantes

HORÁRIO D - NOTURNO: 19:00 às 21:30

 

Minicurso D1: Psicoterapia on-line: cuidados técnicos e éticos

Responsável(is)

  • Jardel Melo Bonfim - Mestre em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília. Pesquisador e membro do Laboratório de Pesquisa Trabalho, Sofrimento e Ação (LATRASA) vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Resumo: A Psicologia, enquanto ciência e profissão, reflete as transformações de seu tempo,  especialmente diante das inovações tecnológicas. Nesse cenário, os(as) psicólogos(as) têm enfrentado novos desafios que exigem o desenvolvimento e aprimoramento de competências para lidar com essas demandas. Um dos principais desafios atuais é a prática do atendimento psicológico online, que se expandiu e se consolidou nos últimos anos. As discussões e pesquisas acadêmicas sobre o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) tem seu marco em meados do ano 2000, culminando atualmente na Resolução 9 de 2024, que regulamenta o exercício profissional da Psicologia mediado por TDICs). Os estudos acadêmicos ao longo do tempo têm se concentrado na eficácia e na efetividade da psicoterapia on-line e suas implicações para a relação terapêutica. Contudo, pesquisas recentes têm abordado a relação dos(as) psicólogos(as) com o trabalho no contexto digital, especialmente quando esse trabalho é mediado por empresas de plataformas digitais. Diante das especificidades do trabalho mediado por TDICs, este minicurso tem como objetivo capacitar tanto estudantes quanto profissionais formados para a prática clínica na modalidade on-line. Com esse propósito, os conteúdos abordados incluem: 1) definição da psicoterapia on-line; 2) regulamentação; 3) competências profissionais necessárias; 4) cuidados com o setting terapêutico; e 5) limites técnicos e éticos. A metodologia adotada será a de aula expositiva dialogada.

Público - Alvo: estudantes de psicologia no final do curso e profissionais recém-formados(as).

Número de vagas: mínimo de 10 e máximo de 50.

 

Minicurso D2: As transmutações do trabalho: de ontológico à gestão por algoritmo.

Responsável(is):

  • Lêda Gonçalves de Freitas, Pós-Doutora em Psicossociologia pelo Conservatoire National de Arts et Métiers (CNAM), em Paris; Doutora em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela Universidade de Brasília (UnB); Vice-coordenadora do Grupo de Trabalho: "Trabalho, Subjetividade e Práticas Clínicas" da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP); Docente do programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB); Temas de pesquisa: Trabalho contemporâneo: uberização, precarização e sentidos do trabalho; Mobilização subjetiva no trabalho; Saúde do trabalhador; Clínica do trabalho e potência para as resistências. Desde 2017 é editora da revista Trabalho (EN) Cena e Pesquisadora e Coordenadora do Laboratório de Pesquisa de Trabalho, Sofrimento e Ação (LATRASA).

  • Lindinalva de Souza Andrade, Doutoranda em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Mestra em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2001); atualmente é professora - CEI Morada dos Pequeninos e Diretora do CEI Morada dos Pequeninos - E.M. Rodolfo Trechaud Curvo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Pré-Escolar, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação infantil, práticas pedagógicas, democracia e conhecimento.

  • Renata Maria de Andrade, Doutoranda em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Mestra em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Pós-graduada em Dinâmica de Grupo pela Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupos; MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV; Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior pela Universidade de Cuiabá UNIC. Atua há 16 anos na Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados – Sicredi Biomas; Pesquisadora e membro do Laboratório  de Pesquisa de Trabalho, Sofrimento e Ação (LATRASA) e da Associação Nacional de Pesquisado e Pós-Graduação em Psicologia – ANPEPP.

Resumo: Compreende-se que o homem necessita do trabalho para se estabelecer, assim como o trabalho necessita do homem para que aconteça por meio da inclusão da inteligência prática. Essa relação atravessa a história e evidencia que o trabalho é algo tão antigo quanto a necessidade dos sujeitos que o praticam e que é capaz de gerar evolução. Todavia, o trabalho pode ter perdido o caráter primitivo e instintivo, assumindo o aspecto de mercadoria numa transação gerada entre comprador, a pessoa que ao comprá-lo torna o trabalhador um vendedor. E, se o trabalho foi sendo transmutado ao longo dos anos em função do contexto econômico, com o espaço que ele ocupa na vida das pessoas a situação não foi diferente. Nota-se que o trabalho pode suscitar possibilidades de geração de sofrimento e ao mesmo tempo ser meio para uso da inteligência, e essa duplicidade atinge também o sujeito que ao buscar realizar o que lhe foi designado no trabalho, pode vê-lo como agente constituinte e fonte de sofrimento. Por essa transversalidade do trabalho, num contexto adverso e com sujeitos singulares que essa proposta de minicurso se justifica, e propõe a oferta de um minicurso, no qual será discutida as transmutações do trabalho e os seus impactos aos sujeitos, tendo como estrutura: 1) Aspectos históricos do trabalho; 2) O trabalho num contexto neoliberal; 3) Os pressupostos da Psicodinâmica do Trabalho e 4) Os impactos do trabalho sobre as pessoas e das pessoas sobre o trabalho. 

Público - Alvo: profissionais, pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas

Número de vagas: 50 pessoas

 

Minicurso D3: Precisamos falar sobre Kevin: Um olhar psicanalítico sobre o desenvolvimento

humano e a parentalidade adversas

Responsável(is):

  • Ana Clara de Oliveira Alves - Psicóloga/Mestre em Psicologia Clínica e Cultura.

Resumo: O comportamento antissocial provoca uma constelação de afetos no discurso cultural, passando pelo fascínio das produções cinematográficas sobre o tema, pela aversão nos casos da vida real à interrogação sobre suas causas. Em eventos trágicos que envolvem atos violentos cometidos por jovens, são comuns discursos sociais de atribuição de causalidade linear de culpabilização dos pais ou de substrato biológico, sem considerar a complexidade dos ambientes familiar e social que sustentam e são sustentadas por ações disruptivas. Diante disso, o filme selecionado aborda, de forma impactante, a complexidade afetiva de vínculos familiares desencontrados e que compartilham a experiência de desamparo no cuidar e ser cuidado. Nesse sentido, o filme permite a discussão dos desafios psicossociais do desenvolvimento humano e da parentalidade e a desconstrução de preconceitos sobre a ausência de afetividade em comportamentos antissociais, aspecto fundamental para uma escuta sensível à diversidade da experiência humana. O objetivo do cine debate é promover uma discussão acerca do comportamento antissocial e das condições ambientais adversas de constituição psíquica e de parentalidade pela perspectiva psicanalítica, tendo como mote o caso retratado no filme. Serão explorados o fascínio e a aversão provocados pelo comportamento antissocial, a desconstrução de atribuição de causalidade linear à psicopatologia, a ambivalência afetiva dos vínculos familiares e a escuta sensível à diversidade da experiência humana.

Filme: Precisamos falar sobre Kevin

Sinopse: O filme segue a história de Eva, uma mulher que nunca quis ser mãe e que luta para lidar com as consequências das ações perturbadoras de seu filho Kevin. Desde a infância, Kevin demonstra comportamentos inquietantes e, à medida que cresce, suas ações se tornam cada vez mais violentas e imprevisíveis. A narrativa explora a complexa relação entre mãe e filho. Agora, o adolescente está preso por ter sido o responsável por uma tragédia.

Público - Alvo: Estudantes de Psicologia de qualquer período do curso

Número de vagas: De 10 e 25 

 

Minicurso D4: A espiritualidade/religiosidade de negros, quilombolas e indígenas nas políticas do SUS 

Responsável(is):

  • Dra. Paula Rey Vilela – Mestre e Doutora em Psicologia Pela Universidade Católica de Brasília, Psicóloga, Técnica no Núcleo de Equidade de Gênero, Raça e Etnia da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins

  • Ms. Bianca Pereira – Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Tocantins, Assistente Social, Técnica no Núcleo de Equidade de Gênero, Raça e Etnia da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins

Resumo: A oficina buscará contextualizar políticas e princípios de laicidade, interculturalidade e atenção diferenciada no SUS voltadas às populações negras, quilombolas e indígenas, em diálogo com as ações em saúde que vêm sendo realizadas no Estado do Tocantins. Por meio da Secretaria de Estado da Saúde, gestores da Atenção Primária em Saúde, em articulação interinstitucional e com os movimentos sociais, tem protagonizado a efetivação destas políticas a partir do seu território. Trata- se de um estado novo, criado a partir Constituição de 1988, abrangendo o cerrado brasileiro e a Amazônia legal. Conta com 139 municípios, cerca de 20.000 indígenas viventes, distribuídos em 16 etnias, falantes de dois troncos linguísticos. Quanto à população negra, tem-se 70% da população tocantinense que se autodeclara negra e 49 quilombos certificados pela Fundação Palmares. A partir da regionalização dos serviços de saúde no Estado, tem-se buscado a organização do funcionamento e estrutura dos serviços do SUS desde a atenção primária, até a média e alta complexidade. Também a educação permanente das equipes de saúde em assuntos que tocam a humanização dos serviços, assim como a sobrevivência e bem viver destas comunidades. Nesta perspectiva, a identificação destas populações e suas condições biopsicossociais, a articulação tripartite, a construção de fluxos e linhas de cuidado na assistência da rede, tem sido o foco das ações da Secretaria de Estado da Saúde. No ínterim deste diálogo entre ciência, política e experiências profissionais e institucionais, espera-se contribuir para a melhoria dos serviços de saúde a estas populações.

Público - Alvo: profissionais, pesquisadores, estudantes e demais interessados nas áreas

relacionadas à saúde mental e diversidade.

Número de vagas:  mínimo de 20 e máximo de 40

Obs: Para inscrever-se nas oficinas e minicursos, é necessário inscrever-se no evento.

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