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Sobre o Seminário
Histórico e antecedentes do evento:
O Seminário Internacional “Sociedade, Cultura e Saúde Mental”, agora já em sua quinta edição, tem uma longa trajetória no âmbito do Distrito Federal. Desde suas origens, mostrou-se de cunho interdisciplinar, e sempre promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UCB, por meio do seu laboratório de “Religião, Saúde Mental e Cultura”. Sua primeira edição se deu em 2015, concomitantemente com o II Seminário Internacional Sobre Representações Sociais, e teve o projeto aprovado e financiado pelo CNPq. A partir de sua segunda edição, em 2016, o evento passou a ser temático. Assim, em conjunto com XVIII Seminário de Psicologia da UCB, abordou o tema da e/migração e saúde mental, tendo como subtítulo a expressão “A pessoa (s)em lugar”, e realizou-se com recursos da FAP-DF. A sua terceira edição ocorreu em 2017, abordando o tema da “Intolerância religiosa no mundo contemporâneo: Repercussões sobre a saúde mental e relações humanas”, e contou com recursos da FAP-DF. (Vide página do evento em < https://iiisaudementalers.wixsite.com/resmec>)
Depois de um período de quatro cinco anos, os quais incluíram o período da pandemia do Covid-19, o evento retornou, em sua quarta edição, em novembro de 2022, abordando o tema “Sentido da vida e saúde: O que aprendemos com a pandemia?”, e contou com a participação de mais de 600 inscritos. (Vide página do evento em < https://sociedadeculturasa.wixsite.com/ivseminario>). O evento foi uma rica oportunidade do retorno ao convívio acadêmico presencial, e as atividades desenvolvidas, as trocas realizadas, os conhecimentos compartilhados permitiram repensar criticamente as implicações para a saúde mental de um novo tempo, instaurado com todas as características, medidas legais e decorrências socioculturais da experiência mundial com a pandemia do Covid-19. Sua realização tornou-se possível graças ao envolvimento e parceria de diversas instituições, mormente de ensino superior, do Distrito Federal.
Em todas as suas versões anteriores, a edição do evento contou com a presença de participantes do Brasil e do exterior, fortalecendo intercâmbios entre jovens e experientes pesquisadores nacionais e internacionais no campo de confluência da psicologia com outros campos que permitam abordar a saúde mental contextualizada socialmente e culturalmente, em especial com a sociologia, a antropologia, a filosofia e a teologia. Em todos eles, estiveram presentes renomados pesquisadores de outros países, como França, Inglaterra, Portugal, Alemanha e País de Gales, como também de outras universidades brasileiras, como Universidade de São Paulo (São Paulo e Ribeirão Preto), Universidade de Brasília, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Universidade Católica Dom Bosco (Campo Grande), Universidade Federal do Espírito Santos, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Estadual de Minas Gerais, dentre tantas outras. Também em todos eles, houve espaço para apresentações de trabalhos de pesquisa desenvolvidos por estudantes de graduação e pós-graduação, seja por meio de apresentações orais ou sob a forma de pôsteres, além das mesas redondas, debates, oficinas, minicursos e outras atividades ministradas por pesquisadores e profissionais com expertise nas temáticas abordadas. Além disso, desde a sua terceira versão, tem-se disponibilizado publicamente os anais do evento, como se pode verificar nos links anteriormente informados. Em sua quarta versão, além dos anais, o evento redundou também na organização de um dossiê da Revista Sociedade e Estado, cuja publicação está no prelo, prevista para entrar no ar no mês de setembro deste ano.
Em consonância com esse histórico de experiências bem-sucedidas, é que se anuncia o V Seminário Internacional “Sociedade, Cultura e Saúde Mental”, abordando a temática “(A)Diversidade e saúde mental no mundo contemporâneo?”, a realizar-se no final do mês de outubro de 2024. Trata-se de um incentivo e uma possibilidade concreta de continuarmos pesquisando, estudando, debatendo, construindo/compartilhando conhecimentos acerca desse tempo diverso e complexo, mas também repensando criticamente as implicações para a saúde mental de um tempo onde a diversidade se eleva à enésima potência. Afinal, esse mundo tão diverso tende a ser vivido também como adverso, e muito frequentemente é enfrentado por meio de mecanismos que a negam, seja pela imposição de padrões regulares ou pela evitação de se reconhecer e assumir os desafios intrínsecos a essa imensa diversidade.