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Sobre o Seminário

HISTÓRICO

      A primeira edição do Seminário Internacional “Sociedade, Cultura e Saúde Mental” foi realizada na UCB em 2015, e se deu simultaneamente com o II Seminário Internacional sobre Representações Sociais, tendo contado com recursos do CNPq. A partir de sua segunda edição, realizado em 2016, o evento passou a ser temático. Assim, em conjunto com o XVIII Seminário de Psicologia da UCB, abordou o tema da e/imigração e saúde mental, tendo como subtítulo a expressão: “A pessoa (s)em lugar”, tendo recebido recursos da FAP-DF.  A sua terceira edição ocorreu em 2017, abordando o tema da “Intolerância religiosa no mundo contemporâneo: Repercussões sobre a saúde e relações humanas”, tendo também novamente recebido recursos da FAP-DF (Vide link da página do evento em  <https://iiisaudementalers.wixsite.com/resmec> e respectivos anais em <https://74894626-f558-4ef4-9bde-536d597fa70f.filesusr.com/ugd/b479a9_44ca471ac80948ada62b2c266da2dc1e.pdf>.

Em todas as suas versões anteriores, a edição do evento contou com a presença de participantes do Brasil e do exterior, fortalecendo intercâmbios entre jovens e experientes pesquisadores nacionais e internacionais no campo de confluência da psicologia com outros campos que permitam abordar a saúde mental contextualizada socialmente e culturalmente, em especial com a sociologia, a antropologia, a filosofia e a teologia. Em todos eles, estiveram presentes renomados pesquisadores de outros países, como França, Inglaterra, Portugal, Alemanha e País de Gales, como também de outras universidades brasileiras, como Universidade de São Paulo (São Paulo e Ribeirão Preto), Universidade de Brasília, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Universidade Católica Dom Bosco (Campo Grande), Universidade Federal do Espírito Santos e Universidade Estadual de Minas Gerais.  Também em todos eles, houve espaço para apresentações de trabalhos de pesquisa desenvolvidos por estudantes de graduação e pós-graduação, seja por meio de apresentações orais ou sob a forma de pósteres, além das mesas redondas, debates, oficinas, minicursos e outras atividades ministradas por pesquisadores e profissionais com expertise nas temáticas abordadas.

       Em consonância com esse histórico de experiências bem-sucedidas, é que se apresenta agora essa proposta para a realização do IV Seminário Internacional “Sociedade, Cultura e Saúde Mental”, abordando a temática “Sentido da vida e saúde: O que aprendemos com a pandemia?”, como uma provocação a se repensar criticamente as implicações para a saúde mental de um novo tempo, instaurado com todas as características, medidas legais e decorrências socioculturais da experiência mundial com a pandemia do Covid-19. 

 

JUSTIFICATIVA

      A pandemia do Covid-19 emergiu em meio às muitas transformações radicais por que tem passado o mundo e respectivos impactos, não apenas sobre a saúde, mas também sobre a ordem social e cultural, bem como sobre as experiências subjetivas e intersubjetivos na vida das pessoas. Isso tem revolucionado as diversas esferas da atividade humana e nos seus diversos níveis, incluindo-se as de caráter científico e profissional. Por outro lado, tal como no passado, que afinal nos parecia muito mais estável que a contemporaneidade, as crenças, os valores, as noções de sentido da vida - ancoradas ou não sobre as religiosidades das pessoas e das diferentes culturas - têm muitas vezes sido as suas principais âncoras existenciais, relacionais e sociais, servindo de referências tanto para a adaptação, aceitação ou promoção de mudanças, como também para reações ou resistência às mesmas. Simultaneamente, assistimos também emergir, no contexto mundial e nacional, novas formas de busca de sentido, muitas delas buscando romper com as tradicionais instituições religiosas, enquanto outras buscam integrar princípios de diferentes tradições, ocidentais e orientais. Dentro desse contexto, pensando nas relações entre sentido da vida e saúde, o que tem sido possível aprender com a pandemia do Covid-19? Como as situações de tantas perdas de vidas humanas, de medidas protetivas (isolamentos, usos de máscaras, vacinas, dentre outras), impactos econômicos, políticos e financeiros têm afetado as noções de sentido da vida e a saúde mental das pessoas durante e após esse período? Qual o impacto disso sobre a formação profissional nas diversas áreas de saúde, educação e ciências sociais?

      Mais do que relevante, a busca de respostas para a questão contemplada no subtítulo do evento aqui proposto (Sentido da vida e saúde: O que aprendemos com a pandemia?) faz-se extremamente necessária nesse momento de transição, entre o período da pandemia e a tão expectada pós-pandemia. Viria essa última a caracterizar uma espécie de “novo normal”, tal como tem sido popularmente aventado no cotidiano comum e mesmo no mundo acadêmico-científico nos dois últimos anos? E quais seriam as implicações disso para a atuação e a formação profissional em saúde, educação e áreas afins? Imbuída desse espírito de questionamentos e investigação, a iniciativa desse evento, promovido pela UCB, em parceria com diversas outras instituições de ensino superior do DF (UnB, UniCEUB, IESB, Instituto São Boaventura), e contando com a presença de pesquisadores convidados de várias outras instituições brasileiras (Hospital Albert Einstein, UFBA e UFCMT) e do Reino Unido (University of Wales Trinity Saint David, University of Oxford e University of Coventry), oferece a possibilidade de uma discussão interdisciplinar voltada à compreensão do que tem sido possível aprender e apreender acerca das relações entre sentido da vida e saúde a partir da experiência com a pandemia do Covid-19.

 

OBJETIVOS

Objetivo Geral: Compartilhar experiências e conhecimentos, assim como promover amplo debate em torno do tema do evento, de modo a oferecer subsídios acadêmico-científicos para a pesquisa e estimular a compreensão das decorrências da pandemia do Covid-19 para a saúde mental das pessoas e para a respectiva formação profissional em psicologia, saúde e educação.

 

Objetivos Específicos:

a) promover a troca de conhecimento e o debate em torno das decorrências da pandemia e seu impacto sobre a saúde mental, a educação e a sociedade, e de modo integrado entre os níveis de ensino de graduação e pós-graduação;

b) compartilhar e estimular, por meio de conferências, mesas redondas, sessões coordenadas e trabalhos apresentados oralmente ou sob a forma de pôsteres, pesquisas sobre o tema do sentido da vida e saúde mental durante e após a pandemia do Covid-19;

c) compartilhar e estimular iniciativas científicas, acadêmicas e comunitárias que favoreçam tanto a compreensão da ausência de sentidos como a construção de novos sentidos a partir da experiência com a pandemia do Covid-19, de modo a contribuir positivamente para o bem-estar das pessoas e sua respectiva saúde mental, como também favorecer o desenvolvimento de iniciativas integradoras e promotoras da qualidade da saúde e das inter-relações humanas.

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