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RESUMOS

OFICINAS/MINICURSOS/CINE DEBATES

08 de Novembro de 2022

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Minicurso 1: Método etnopsicológico humanista e sua aplicabilidade em pesquisa on-line

Responsável: Paula Vilela Rey

Horário: 18:30 às 21:30

Resumo : O minicurso visa apresentar e discutir um método de pesquisa etnopsicológica e sua aplicabilidade numa pesquisa realizada em ambiente on-line com povos indígenas. Diante da realidade pandêmica do Covid/19, fez-se necessário rever modos de realizar pesquisas empíricas. A necessidade do distanciamento físico entre pessoas trouxe o ambiente on-line como alternativa para as relações humanas, para o ensino e também para as pesquisas. A etnopsicologia, enquanto campo de investigação, foi utilizada em caráter experimental nessa realidade, que trouxe alguns desafios, repercutindo em mudanças na metodologia. São apresentados os fundamentos da Fenomenologia de Husserl e da Antropologia filosófica de Max Scheler, e o modo como inspiraram a formulação de um método de pesquisa etnopsicológico. Nesse fazer, prioriza-se o mundo da vida das pessoas e suas realidades psicológicas, no constante movimento da epoché, da intencionalidade da consciência e do encontro espiritual. Ilustra-se como que, por meio dessas premissas e através da escuta, observações, técnicas expressivas, entrevistas semiestruturadas, foi possível criar uma atmosfera expressiva para a pesquisa, de modo a conhecer as percepções e experiências das pessoas indígenas em seu mundo da vida. Por exemplo, em relação à vivência da doença e aos tratamentos tradicionais e biomédicos oferecidos nos hospitais, além de suas especificidades étnicas e psicossociais.  O método é qualificado por sua maleabilidade, na medida em que ao se sustentar em seus fundamentos, se define conforme a realidade contextual. Ao longo do minicurso ele será apresentado, discutindo-se as possibilidades e limites de sua proposta em ambiente online, tal como ocorreu com indígenas.

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Cine Debate 1: Precarização Embalada para Viagem

(Documentário/Curta metragem: “Pandelivery: Quantas Vidas Vale o Frete Grátis?”. Direção: Guimel Salgado e Antônio Matos)

Responsáveis: Carla Furtado e Juliana Gonçalves

Horário: 18:30 às 20:30

Resumo: Do seu surgimento aos dias atuais, o capitalismo passou por diferentes fases. O que se testemunhou, ao longo das últimas décadas, foi a sua transformação alicerçada em avanços tecnológicos e, acima de tudo, na busca pelo crescimento ilimitado de resultados econômicos. Outro marco dos tempos atuais é a expansão da economia de plataforma. Capitalistas criam soluções de economia compartilhada com capacidade de disseminação global, eximindo-se de quaisquer responsabilidades com trabalhadores, consumidores e sociedade para ganhar até 1/3 do que é produzido. Nesse sistema, o Estado neoliberal tem papel preciso: a flexibilização das leis trabalhistas somada à desregulamentação dos negócios de plataforma. Esse modelo prolifera também fora da indústria de aplica vos de transporte, dando corpo ao que se convencionou chamar de “uberização do trabalho”. A expansão de empresas que oferecem serviços “uberizados” fortalece a manutenção do modelo e o aumento do contingente de trabalhadores que aderem a ele e isso se intensifica em um quadro econômico caracterizado pelo déficit de empregos formais. Com foco no crescimento do lucro, o preço do novo capitalismo é o adoecimento psíquico crescente, evidenciado por epidemias de depressão, transtorno de ansiedade, Síndrome de Burnout e suicídio. Estado, iniciativa privada, trabalhadores e consumidores estão intrincados nesse círculo vicioso. Como romper com isso? Esta proposta de cine debate busca colaborar com maior conhecimento do sofrimento presente no trabalho dos motoristas de aplicativos de entrega de alimentação.

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09 de Novembro de 2022

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Minicurso 2: Cuidado à saúde psíquica de religiosos da igreja católica.

Responsável: Rubens Nunes da Mota

Horário: 09:00 às 11:00

Resumo: A proposta desse minicurso se justifica em função da necessidade de se prover cuidados à saúde mental de religiosos, na medida em que também esses experimentam o sofrimento psíquico, e muitas vezes vivenciam depressão e ideação suicida. Ela se baseia na experiência do proponente, que é também psicólogo e têm atuado no acompanhamento terapêutico, com assessorias de religiosos e religiosas consagrados. O pressuposto do acompanhamento é cuidar do cuidador e da cuidadora, visto que os religiosos consagrados têm suas vidas dedicadas à várias pessoas e causas. Esse cuidado se dá tanto a nível personalizado, através da escuta, terapia e acompanhamento espiritual, bem como através de assessorias formativas e retiros com o público em questão. No minicurso serão apresentados os esquemas tanto dos acompanhamentos personalizados como grupais, bem como podem ser citados alguns relatos da experiência do autor.

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Minicurso 3: Resgatando o Sentido da Vida no Luto Perinatal

Responsável: Miriam Martins Leal

Horário: 09:00 às 12:00

Resumo: O objetivo é discutir o luto perinatal e fornecer ferramentas para profissionais de saúde acolham famílias cujos filhos apresentam condições limitantes da vida. Crenças religiosas e espirituais são muito prevalentes em contexto de intenso sofrimento, como nos cuidados paliativos perinatais. O curso focará em como a religiosidade e espiritualidade pode
ser uma ferramenta para que famílias enlutadas encontrem um sentido para vida, pois muitas delas o perdem juntamente com o falecimento do filho. O curso será composto por cinco aulas expositivas de 25 minutos cada e nela conterá os com conceitos, a fundamentação teórica e casos clínicos, ao finalizar a aula expositiva, será liberado 10min para dúvidas, perguntas ou comentários dos participantes. As palestras terão os seguintes temas: a) A busca do sentido em diagnósticos de condições limitantes a vida para o feto, ministrada pela Psiquiatra Maria Marta Freire, membro da equipe de cuidados paliativos do HMIB e do ambulatório de luto perinatal do HMIB; b) Cuidados paliativos perinatal – indicações e implicações, ministrada pela neonatologista, psicanalista e membro da equipe de cuidados paliativos do HMIB Patrícia Bered; c) Acolhimento psicoespiritual no luto perinatal – o papel do psicólogo, ministrada pelo psicólogo e membro da equipe de cuidados paliativos do HMIB
Marco Antônio Baião; d) Compreendendo a expectativa de um milagre durante o processo de uto perinatal, ministrada pela pediatra da UTI neonatal do HMIB e doutorando de psicologia da UCB; e) O papel da capelania no luto, ministrada pelo capelão Emmanuel Nwora - Instituto boa ventura.

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Minicurso 4: A inclusão no Ensino Superior enquanto fator de promoção de saúde mental.

Responsável: Angélica de Lucas Gavaldão

Horário: 09:00 às 11:30

Resumo: Refletir sobre a importância da inclusão de pessoas com necessidades educacionais diferenciadas, com o intuito de fomentar na comunidade acadêmica atitudes que promovam a inserção de todos(as) no ambiente educacionais. 

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BANCA DE QUALIFICAÇÃO  DE MESTRADO

Horário: 09:00

Título: Vazio existencial contemporâneo: reflexões epistemológicas através do diálogo entre Logos e Mythus na psicologia.

Autora: Kenia Cristina de Lima Alencar

Orientadora: Profa. Dra. Marta Helena de Freitas - UCB (Orientadora e presidente da banca)

Resumo:  O vazio existencial é uma experiência muito frequente no zeitgeist contemporâneo, a qual tem sido constantemente associada à situação vivencial do homem moderno ocidental, de rompimento com o mythus, e, com isso, muitas vezes caracterizado como racionalista, a- religioso, tecnicista, consumista, e ao mesmo tempo, experimentando sentimentos de desajuste à vida. Assim sendo, nesta pesquisa, objetiva-se compreender as relações entre o sofrimento psíquico contemporâneo e a crise de sentido existencial, bem como as suas possíveis implicações epistemológicas em termos de (des) valorização das formas racionais e/ou intuitivas do conhecimento em psicologia. Trata-se, portanto, de uma proposta de
pesquisa de cunho teórico, desenvolvida em três etapas: a) revisão de literatura, mediante levantamento panorâmico e sistemático, com a exposição ampla do problema do vazio de existência e suas relações com o abandono do mythus na psicologia; b) leitura de tradições filosóficas que qualificaram o myhtus como linguagem científica, mediante análise teórico-
conceitual, desvelando compromissos e/ou afinidades com a abordagem fenomenológica em psicologia; e, como desfecho, c) análise epistemológica, mediante tessitura do conteúdo levantado e críticas decorrentes, formulando uma proposta para a epistemologia da psicologia contemporânea. É uma pesquisa inspirada pela tradição fenomenológica a partir
das contribuições de Edmund Husserl, a qual se solidariza com a epistemologia neokantiana de Ernst Cassirer. Destacar-se-ão as implicações que a análise obtida poderá trazer para a psicologia, dada a necessidade de se formular uma epistemologia coesa para sustentar uma abordagem metodológica que valorize e qualifique não apenas o conhecimento sustentado no logos, mas também a linguagem do mythus e suas contribuições na compreensão do homem em seu mundo da vida.

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BANCA DE QUALIFICAÇÃO DE DOUTORADO

Horário: 13:30

Título: CRENÇA EM MILAGRES E SAÚDE: EXPERIÊNCIAS DE PUÉRPERAS E PROFISSIONAIS DE UMA UTIN

Autora: Miriam Martins Leal

Composição da banca: Profa. Dra. Marta Helena de Freitas - UCB (Orientadora)

Resumo: A crença no milagre foi por muitos anos negligenciada pelas ciências da saúde, embora muito presente no contexto hospitalar, visto que muitos pacientes e familiares verbalizam acreditar em milagres, principalmente em situações criticas de saúde. Essa crença frequentemente vem acompanhada de conflitos nos modos de lidar com a doença e na relação interpessoal entre pacientes/familiares e profissionais de saúde, principalmente em casos de diagnósticos grave ou letais, como nas malformações congênitas (MFC). Apesar de muito corriqueiro no dia a dia do profissional de saúde o tema é pouco abordado no meio cientifico, especialmente no meio médico. O objetivo desse estudo é o de conhecer o papel da crença no milagre nas estratégias de enfrentamento de puérperas com filhos diagnosticados com malformação congênita, segundo concepções e experiências dessas próprias mulheres e também dos profissionais que as atendem em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Trata-se de uma pesquisa de abordagem mista, com uma primeira etapa de cunho quantitativo, empregando a Escala de Coping Religioso de Pargament, Koening e Perez (2000), traduzido por Panzini e Bandeira (2005), em 100 puérperas de uma UTIN do Distrito Federal, e um segunda etapa de caráter qualitativo e fenomenológico, empregando-se entrevistas semiestruturadas e realizadas com 12 mães de bebês com diagnóstico de MFC e 12 profissionais que trabalham na mesma UTIN.

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FÓRUM INTERDISCIPLINAR 1 - Prática religiosa: fator de risco ou proteção?

Responsáveis: Marta Helena de Freitas e Gidalti Guedes da Silva

Horário: 16:00 às 18:00

Resumo: O fórum tem como objetivos promover uma discussão aprofundada acerca do papel propulsor ou comprometer da saúde, a partir de um aquecimento inicial, trazido pelos proponentes do debate. Nesse aquecimento inicial, serão apresentados os conceitos de espiritualidade, religiosidade e religião, bem como as relações entre eles, fundamentando-se numa perspectiva fenomenológica, seguindo-se uma reflexão fundamentada na teologia e na educação, para então abrir espaço para depoimentos e relatos de situações concretas vividas nos contextos religiosos específicos, e.g., comunidades religiosas, serviços de capelania, serviços de saúde no contexto hospitalar, serviços de saúde mental, contexto educacional, dentre outros.
Após o aquecimento inicial e os depoimentos compartilhados pelos condutores do fórum, o debate será aberto ao público, para que o tema possa ser discutido em profundidade a partir do compartilhamento de outras experiências trazidas pelo público presente. Com essa estratégia espera-se emergir uma compreensão empática e concreta acerca das distinções entre as diversas modalidades de experiências religiosas e o modo como essas são conduzidas tanto em contextos religiosos como em contextos de saúde, propiciando ao participantes do fórum não apenas a fundamentação teórica acerca do assunto, mas, sobretudo, uma aguda sensibilidade, calcada em modos de racionalidade intuitiva para lidarem, de modo efetivo e contextualizado, com as situações concretas envolvendo espiritualidade, religiosidade e/ou religião nos contextos onde atuam.

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Oficina 1: Escrita criativa e curativa em tempos de pandemia: a expressividade e a Comunicação Não Violenta

Responsável: Anne Rangel Peleja de Carvalho

Horário: 18:30 às 21:30

Resumo: Dos objetivos: com essa oficina/minicurso buscamos esclarecer a importância da autorreflexão e autocompaixão em busca da compreensão de sentimentos e necessidades a fim de ter clareza a uma tomada de decisão, facilitando a autorregulação emocional e a percepção da importância da interatividade na composição do processo de um bem-estar geral. Do conteúdo a ser ministrado: será apresentada a escrita criativa em comunidade como processo curativo pessoal e fortalecimento interacional e os fundamentos da CNV como comunicação compassiva. Da abordagem e a metodologia empregada: A metodologia utilizada será híbrida, com uma abordagem expositiva dialogada, baseada no construtivismo (Piaget), em que os participantes são protagonistas no processo e metodologia ativa com aprendizagem baseada em problemas. Serão expostos os fundamentos da CNV e a percepção emocional da escrita em contexto de comunidade como ferramentas de autoconhecimento com tema gerador ‘somos um ser único e sistêmico, quais sentimentos vivem em mim que comunicam necessidades atendidas ou não em meu cotidiano?’. Após a exposição será dada a oportunidade para os participantes compartilharem as suas experiências em momentos de isolamento social. Para cada etapa será proposta uma escrita curativa, oportunizando a cada participante registrar seus pensamentos e sentimentos. Finalizaremos propondo uma escrita curativa final para sistematizar as construções anteriores em prática de socialização.  

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